domingo, 10 de abril de 2011

Perfil dos Cursos de Tecnologia

Douglas de Matteu, Coordenador da Pós Graduação em Vendas e Pós Graduação em Consultoria e Auditoria Empresarial da UMC, escreveu um artigo muito interessante sobre os tecnólogos, dando um perfil geral sobre essa formação acadêmica. Os pontos destacados no artigo já foram ditos por aqui, mas é sempre bom reforçá-los, ainda mais quando são ditos por profissionais tão gabaritados. Segue, dessa forma, o referido artigo.

O ensino superior tem se expandido consideravelmente nos últimos anos, boa parte dessa expansão está intimamente ligada aos cursos de curta duração, denominados cursos de Tecnologia, que são regulamentados pelo Ministério da Educação e Cultura - MEC na resolução nº 3 de 18 de dezembro de 2002.  No qual o próprio MEC sinaliza como "uma das principais respostas do setor educacional às necessidades e demandas da sociedade brasileira."

Os cursos de tecnologia têm características singulares, são alicerçados na prática profissional e nas demandas de mercado. O que permite o ingresso do estudante no mercado de trabalho de modo rápido e atualizado. Apesar de ser um curso e rápido não deixa a desejar no que se refere à formação tradicionais.

Nos cursos de tecnologia a carga horária de aulas, que varia entre 1600 a 2400 horas conforme orientação do MEC, e são realizados em dois ou três anos, sempre com enfoque pragmático focado na realidade corporativa do segmento em que os discentes vão atuar.

Esta modalidade de cursos já existe há mais de dez anos em paises desenvolvidos como os Estados Unidos, Alemanha e França, que têm tradição em cursos de curta duração. Com o Tratado de Bolonha toda Europa esta unificando seu modelo de Educação para formação superior em três anos.

O corpo docente destes cursos geralmente é formado por acadêmicos e profissionais de mercado para oferecer maior integração entre a teoria e a prática.

Outro aspecto relevante dos cursos de tecnologia é que eles são considerados como cursos superiores, tendo uma formação mais específica na área de atuação pré-determinada, permitindo inclusive ao alunado formado cursar uma pós-graduação em nível lato sensu.

A formação de Tecnólogo está focada em profissionalizar o alunado para atuar em uma área específica, e não deixa a desejar em comparação com o bacharel, pois o mercados de trabalho busca naturalmente especialistas.

Neste sentido temos as FATECs, Faculdades de Tecnologia, que preparam o tecnólogo para o Mercado de Trabalho considerando aspectos regionais das instalações.

A FATEC de Mogi das Cruzes possui o curso de Tecnologia em Agronegócio, que oferece uma formação mesclada de Administração de Empresas e Agronomia. Este profissional deverá contribuir para potencializar a competitividade do agronegócio de Mogi da Cruzes e do Alto Tietê, onde há participações relevantes no agronegócio, destacando-se na produção de hortaliças, cogumelos, caqui, nêspera, orquídea entre outros.

A FATEC de Mogi possui também o curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, que possui grande procura e permite os alunos atuarem na área da Tecnologia da Informação.

Cabe ressaltar que os cursos de Tecnologia das FATECs além de serem gratuitos possuem uma carga horária que pode chegar a 2800 horas, o que garante o padrão de qualidade superior aos ofertados pelo mercado.

De acordo com a pesquisa realizada em 2009 pelo Sindicato dos Tecnólogos do Estado de São Paulo, cerca de 41,1% dos tecnólogos tem a faixa salarial de 5 a 10 salários mínimos e 26,7% tem faixa superior a 10 salários mínimos, sinalizando que o mercado tem absorvido e remunerado bem os tecnólogos

A necessidade das pessoas em ingressem no mercado de trabalho com uma formação melhor, mais prática e rápida fortalece a demanda destes cursos em detrimento dos cursos tradicionais, que exigem cerca quatro ou cinco anos.

Os cursos de tecnologia surgem como uma solução importante para o Brasil e para as organizações, pois permite a formação profissional de qualidade, desenvolvendo as competências necessárias para desempenhar cargos de liderança, consequentemente aumentar a competitividade das empresas, e gerar melhores e maiores resultados as organizações.

Bibliografia:
FAZENDA, Ivani Catarina Arantes, Interdisciplinaridade um projeto em parceria 6. ed. São Paulo: Loyola, 2007.
Ministério da Educação e Cultura – MEC
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2003.
Sindicato dos Tecnólogos de São Paulo.

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