segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Baby Boomers, geração x, y, z e os tecnólogos

Dia desses assisti um programa na Globo News que falava sobre o conflito de gerações no trabalho. O programa trabalhava com três gerações diferentes: os chamados baby boomers, a geração x e a geração y. Ao final do programa foram também citados os que se se situam na geração z, mas essa geração ainda está na escola, não foi pra faculdade e muito menos para o mercado de trabalho. A reportagem chamou a atenção para duas coisas: empresas que possuem empregados das três gerações quase sempre terão conflitos internos e a empresa do futuro será aquela que conseguir integrar todas essas gerações de forma produtiva, afinal, cada uma tem suas habilidades específicas.

Baby Boomers são todos aqueles nascidos durante a explosão populacional (baby boom - explosão de bebês) pós Segunda Guerra Mundial quando os os soldados voltaram para suas casas e começaram a ter filhos. Normalmente são as pessoas nascidas no final da década de 1940. Na prática, no entanto, se consideram como Baby Boomers os nascidos entre 1946 e 1964, separados em duas gerações: Primeiros Boomers (1946 a 1954); Boomers posteriores (1955 a 1964). Acadêmicos justificam o fato explicando que o ser humano tem uma característica de aumentar a reprodução quando se sente ameaçado ou em perigo por determinados períodos, que foi o caso da Segunda Grande Guerra. 

Fizeram parte da era do Rock and Roll e do movimento Hippie, da contestação política e social e dos movimentos pela paz. Viveram também a guerra do Vietnã, a ideologia libertária e o feminismo, entre muitos outros movimentos que mudaram a sociedade para as próximas gerações. Tais fatores explicam muito sobre o modo de pensar dessa geração, que é contestadora e lutou muito por seus direitos.

Os baby boomers possuem renda mais consolidada; tem um padrão de vida mais estável; não se influencia facilmente por outras pessoas; não vê o preço como obstáculo para perseguir um desejo; é firme e maduro nas decisões.

A Geração X agrega todas as pessoas que nasceram entre os anos de 1960 e 1980, são os filhos dos Baby Boomers e pais da Geração Y. Essa geração entrou numa época fora das perspectivas utópicas, tendo que se conformar com um padrão de vida mais realista e consumista e em pleno período de Guerra Fria. São da época do  tropicalismo brasileiro e enfrentaram a Ditadura Militar de 64, viram o início da globalização, da primeira ida do homem à lua, do capitalismo e do consumismo. 

Nessa época houve o florescimento do Downsizing corporativo (técnica originada das abordagens contemporâneas da Administração, voltada a eliminar a burocracia corporativa desnecessária e focada no centro da pirâmide hierárquica) o qual girava em torno da segurança no emprego. São, desse modo, pessoas mais seguras e fiéis ao emprego que possuem, ao contrário da Geração Y que mudam de emprego conforme seus interesses pessoais. Por serem tão firmes no emprego e empenhados em mantê-lo ocupam hoje posições de chefia.


São características da Geração X: busca da individualidade sem a perda da convivência em grupo; ruptura com as gerações anteriores; maior valor a indivíduos do sexo oposto e busca por seus direitos. 

Na verdade, é difícil separar os acontecimentos históricos vividos pela Geração X e Y, pode se dizer que os baby boomers presenciaram o início desses movimentos e a Geração X o fim.

São considerados integrantes da Geração Y os nascidos após 1980. Segundo Eline Kullock, maior especialista em geração Y do Brasil, essa é uma geração que adora feedback, é multitarefa (estuda enquanto ouve música; trabalha enquanto conversa em redes sociais), sonha em conciliar lazer e trabalho e é muito ligada em tecnologia e novas mídias. Muitos chamam essa geração de "Troféu" porque gozaram de benefícios não vividos por outras gerações, como uma era livre de guerras, bons momentos econômicos e uma liberdade até então nunca dada pelos pais aos filhos.

São impacientes e não conseguem ficar muito tempo no mesmo emprego, preocupados com si próprios e interessados em construir um mundo melhor, engajam-se em causas sociais e ambientais com facilidade. Folgados, distraídos, superficiais e insubordinados são outros adjetivos menos simpáticos, segundo a Revista Galileu.

Mas o quê tudo isso tem haver com os tecnólogos? Depois de assistir a reportagem eu pensei, se já nas faculdades essas gerações pudessem se comunicar, o enriquecimento de cada um dentro das salas de aula seria muito maior, a troca de experiências de quem já passou pelo mercado de trabalho e sabe de suas mazelas melhor do que ninguém, e a criatividade e interatividade com a tecnologia que têm os mais novos poderiam ser levados como experiência para o mercado de trabalho. Daí, alguns poderiam dizer que essa troca já acontece na interação professor-aluno, mas se houvesse uma interação entre gerações diferentes, todos na condição de aluno o aprendizado seria muito maior.

Eis que os cursos tecnólogos fazem exatamente isso. Me diga: em qual outro tipo de graduação você vai encontrar uma sala de aula com alunos de idades tão distintas como ocorre em uma graduação tecnológica? Nos cursos bacharelados a grande maioria das pessoas são jovens recém saídos do ensino médio, mas nos cursos tecnológicos a situação é bem diferente. Como já destaquei em posts anteriores (leia mais aqui), a maioria das pessoas que buscam os cursos de tecnologia são as que já estão inseridas no mercado e querem uma oportunidade de concluir um curso superior, seja para buscar maior conhecimento na área atuante, seja para ascender na carreira, são geralmente pessoas na faixa etária de 25 a 30 anos, de acordo com o Guia do Estudante.

Aos poucos esse perfil de aluno está se diversificando para recém saídos do ensino médio/técnico que estão em busca de uma profissão nova que não existe na graduação tradicional, e o curso de tecnologia o possibilita. Ou seja, a "mistura" entre gerações em salas de aula de cursos tecnológicos tem sido cada vez mais comum. Eu, por exemplo, estudo em uma sala em que as idades variam de 19 até 50 anos. E eu posso garantir que é gratificamte trabalhar com pessoas muitas vezes tão diferentes, seja na forma de pensar ou agir.

Os cursos de tecnologia primam pelo saber fazer e dessa forma o número de trabalhos em grupo é muito grande e costuma ocupar a maior parte da grade dos cursos, ao contrário nos bacharelados em que destaca-se a monografia (um trabalho extremamente isolador). Sabemos que o mercado de trabalho busca pessoas que saibam trabalhar em equipe e se você cursa uma faculdade que lhe propicia um número considerável de trabalhos em grupo, e ainda com pessoas tão diferentes, é um ganho e um diferencial como profissional.

Por isso, tenho certeza que vou sair do meu curso preparado para o mercado de trabalho e para o trabalho em equipe, tão prezado nos dias de hoje. Sei que vou saber trabalhar com qualquer tipo de pessoa, de diferentes idéias, diferentes idades e gerações. Está aí, mais um diferencial positivo da graduação tecnológica. É a graduação do futuro, preparando profissionais do futuro que trabalharão nas empresas do futuro.

Clique aqui para assisitir ao referido programa da Globo News.

Referências:

4 comentários:

  1. Gostei do artigo! Me ajudou bastante como fonte de pesquisa para meu trabalho de curso.
    Sou da geração Y e concordei com muitos aspectos comentados no post, apesar de que, minha maior vontade era pertencer a geração X, que ao meu ver, foi indiscutívelmente sortuda em relação a música. Mas, enfim, Parabéns pelo blog! Bons blogs devem ser valorizados em meio a tanta porcaria =/

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  2. Poxa, Garota Rock n´Roll (gostei do nome, hahaha), fico muito agradecido e feliz pelo reconhecimento. Às vezes dá vontade de deixar o blog pra depois, pq mesmo postando uma vez por semana dá um trabalhinho danado fazer pesquisa e tals...mas com comentários como o seu a gente fica empolagado, né?

    Só pra constar, concordo totalmente com você em termos musicais, meu mp3 é a coisa mais retrô que você pode imaginar!

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  3. Nossa Muito Obrigada por tudo ADOREEEI a pesquisa me ajudou muito no trabalho do meu Tecnico (Publicidade) concordo plenamente,sou geração Y e sou muuito neurorótica com essa parada de trabalho e vida "Perfeita" em fazer oque gosto e tal, acho que certas coisas são fúteis sim mas acho que hoje em dia,o mundo e o mercado de trabalho acaba te deixando assim fazendo talvez vc se tornar assim então muda muito de acordo com quem seja mais concordo com tudo que disse.. ADOREI mesmo todo o conteúdo tenho apenas 15 anos e me preparo e tenho Muito MEDO cada vez mais do mercado de trabalho continua com blog não desiste não eu quero fazer um mais não consigo mexer:/ PARABÉNS e sucesso bjs

    Rayssa.ribeiro@hotmail.com

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  4. Rayssa, fico muito feliz com seu comentário, seus elogios são um incentivo a continuar com o blog. Às vezes dá vontade de fechar o blog, escrever dá trabalho. Mas aí vem pessoas como você e nos inspira a continuar. Muitíssimo obrigado e digo que você deve fazer um blog para você, tenho certeza que será um sucesso!

    Abraços!

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