domingo, 1 de maio de 2011

Educação brasileira - as ações do Governo Federal

A partir de hoje, começo a escrever uma série de posts sobre a educação no Brasil, vou dividí-los em várias etapas, cada uma tratará de um tema diferente. Hoje falarei dos esforços e avanços obtidos na educação nos últimos anos, principalmente nos oito anos do governo Lula.

Que a educação é peça chave para o sucesso de um país, ninguém dúvida. Se fizermos uma pesquisa sobre qual área deve ser priorizada para investimentos pelos governos tenha certeza que a educação estará entre as três primeiras. Quantas vezes já não vimos ela como uma meta nos discuros políticos? Mas o que realmente tem sido feito por ela no Brasil?

Os oito anos do governo Lula foram importantes para, principalmente, aumentar o número de alunos no nível superior. Entre os programas destacam-se, o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação) que atende a educação básica, da creche ao ensino médio através da disponibilização de recursos. A estratégia é distribuir os recursos pelo país, levando em consideração o desenvolvimento social e econômico das regiões.

No nível superior o mais famoso programa do Governo Federal é o ProUni que distribui bolsas de 25%, 50% ou 100% em Instituições de Ensino Superior aos alunos que se saírem bem no ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). Outro programa é o Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), a meta é dobrar o número de alunos nos cursos de graduação em dez anos, a partir de 2008, e permitir o ingresso de 680 mil alunos a mais nos cursos de graduação. 

E parece que mesmo com todos esses esforços o Brasil não conseguiu aumentar o número de estudantes de uma forma considerável. Segundo o Portal Uol, ao comparar dados do Censo Escolar de 2009 com o de 2010, mais de 1,2 milhão de matrículas na educação básica foram perdidas. São 65 mil matrículas a menos por ano.

Quanto ao analfabetismo pode-se dizer que o saldo é positivo, mas muito lento. Nos oito anos do governo petista, a taxa saiu de 11,6% para 9,7%. São oito anos e uma redução de 1,9%, é muito pouco. Ainda segundo o portal, a média de tempo de estudo dos brasileiros com mais de 15 anos também não aumentou muito, saiu de 7 anos, em 2005, para 7,5 anos, em 2009. O maior avanço, sem dúvidas, foi na educação superior, houve uma expansão de 2 milhões de matrículas, principalmente devido ao ProUni. Apesar de bom, não é o ideal, segundo o próprio Plano Nacional de Educação.

E levanta-se uma outra questão. Vemos esforços gigantescos para aumentar o número de pessoas nas escolas ou nas faculdades e universidades, mas de que adianta jogar todos os brasileiros na sala de aula se eles não vão receber um ensino de qualidade, se vão sair de lá sem saber ler ou escrever direito?

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