domingo, 24 de abril de 2011

Qual a chave de um bom aprendizado?

O sonho de todo mundo que estuda é conseguir aprender tudo o que lhe é passado? E transformar isso em boas notas pro seu boletim? Também, mas mais importante que isso, o que se quer, é aprender tudo, de verdade, conseguir tanto ou mais conhecimento que muitos caras que a gente vê por aí, saber tudo o que diz os livros, os professores, os jornais. Às vezes, eu acho que minha cabeça deveria ser igual a uma caixa pra caber tudo o que eu quero saber, mas ela parece mais uma caixa furada porque esqueço de muita coisa. 

E será que existe algum segredo pra absorver tudo o que vemos e fazer desse conteúdo conhecimento? Pode-se dizer que um conjunto de fatores convergem pra fazer o aprendizado possível. Na minha opnião são os professores e seus métodos de ensino, os  meios de pesquisa e o próprio aluno. A verdade é que existem professores bons e professores ruins, métodos de ensino bons e métodos de ensino ruins e, é claro, alunos bons e alunos ruins.

Discute-se hoje que o modelo de ensino brasileiro é inadequado, que o quadro negro e o giz deveriam ser substituídos por técnicas mais modernas de ensino. Não sei se é porque sou muito tradicionalista ou se é porque as atuais gerações precisam de outro tipo de incentivo pra estudar, mas eu acho o velho método de ensino muito eficáz. Ruim é a qualidade do ensino, não o método.

Dia desses, o diretor do meu campus, que também é professor, se gabou de a faculdade ter um slideshow em cada sala e que uma outra instituição consagrada não os tem. Segundo ele, tal aparato tecnológico permite agregar mais agilidade às aulas. E ele é um dos que se utilizam desse recurso. Me perguntei esse dia, se realmente era bacana assistir a uma aula com um bando de coisa escrita num Power Point, com um professor apontando frases soltas à meia luz, ou se eu não preferiria uma pessoa que utiliza mais do seu gogó e escreve apenas o necessário no quadro.

E com certeza a segunda opção atende minhas necessidades melhor. Sei que muitas pessoas não concordam com isso e vão dizer que não eram bons alunos na escola, mas quando eu não tinha tanta tecnologia à disposição, me virava pra entender o que queria. Eu pesquisava nos livros, nas Barsas da vida, ia até a biblioteca pública. Aposto que muito moleque do ensino médio nunca entrou na biblioteca pública de onde mora e nem deve saber aonde fica.

Mas eu não nego os benefícios que o computador e todas as novidades trazem às nossas vidas. Hoje mesmo, fui salvo pelo You Tube, quem diria, pra entender uma matéria monstruosa. Também não nego que um bom professor sabe escolher qual a melhor ferramenta de trabalho e sentir se os alunos estão gostando desse ou daquele método.

Em escola pública é que os bons professores aparecem, num ambiente sem recursos e pouco estímulo só aqueles profissionais dedicados conseguem se sobressair. Mas quando o ambiente é muito propício, a pessoa não se esforça tanto, se acomoda, deixa estar. Entretanto, se o cara é bom no que faz, é bom em qualquer lugar, enquanto outros são profissionais terríveis, mesmo com toda a tecnologia do mundo. Tenho professores incríveis e outros que sinto pena. Será que as pessoas não entendem que não nasceram pra fazer certas coisas?

Bom, uma coisa é fato, não adianta um professor muito bom, um mega computador ou uma mega biblioteca que salvem um aluno ruim. Eu vejo muito preguiçoso que quer aprender as coisas por osmose, sem ler um mero resumo, quanto mais um livro inteiro. Pessoas que querem que o professor resolva todos os seus problemas, que diga tudo o que precisa saber e, o pior, que dê uma prova bem fácil pra passar rapidinho e sem sofrer. Aí não dá, né? Pra se ter um bom aprendizado é preciso um conjunto de fatores, mas se quem quer aprender não se esforça, não corre atrás, não pesquisa, não questiona, não lê, não tem sede de conhecimento, aí, não tem milagre que resolva o problema.

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