domingo, 7 de novembro de 2010

Tecnólogos na mídia 2

Publico agora a segunda parte da análise da reportagem da Revista Ensino Superior sobre os tecnólogos:

O público atendido pelos cursos tecnólogos evoluiu ao longo do tempo, se antes ele era voltado quase que exclusivamente para pessoas mais velhas e com experiência no mercado de trabalho, hoje cada vez mais jovens vêm saindo do ensino médio e indo cursar um tecnólogo. Posso parecer chato, atrasado e tudo mais, mas minha experiênica revela que não é o melhor caminho para quem acabou de sair da escola, a não ser que escolha-se uma fomração diferenciada das que já se encontram no mercado. Pessoalmente estou completamente satisfeito com o conteúdo que o curso vem trazendo e com o conhecimento que tem me agregado, mas na hora H de arrumar estágio/emprego é uma tristeza."Esse público mais jovem, segundo Ehlers, é formado por alunos que mesmo saindo do ensino médio já sabem o que querem e, muitas vezes, identificam uma vocação para uma carreira inovadora e que não dispõe da graduação tradicional".

Segundo a reportagem, "O crescimento de cursos no país foi de 96,67%, de 2004 a 2006. Em São Paulo, os alunos aumentaram 395%, de 1998 a 2004". Agora olhem esse dado: nos Estados Unidos e Europa os Cursos Superiores de curta duração respondem por mais de 50% dos alunos matrículados! QUer dizer que nos países desenvolvidos os cursos que não duram quatro anos são tão respeitados quanto os tradicionais. Esperamos que aqui no Brasil isso ocorra em breve.

A Revista Ensino Superior lembra ainda uma coisa muito importante: os focos do bacharelado e da graduação tecnólogica são distintoS, "para Fernando Leme do Prado, presidente da Associação Nacional de Educação Tecnológica (Anet), a graduação tecnológica pode ocupar o espaço de cursos da graduação tradicional, desde que não deixe de ser tratada como tecnológica. "Muitas vezes, preocupados em atender às suas necessidades de preenchimento de vaga, instituições de ensino oferecem cursos de tecnólogos que não são tecnológicos. São, na verdade, um minibacharelado, pela duração menor. Eles não atendem ao mercado porque perdem sua característica fundamental de ter um foco específico e um vínculo com a prática. Só cortam algumas disciplinas, mas continuam cursos generalistas. Para se ter um curso de tecnólogo é preciso que a prática pedagógica seja a específica dele", acredita Prado."

A reportagem é finalizada falando sobre o preconceito que ainda existe em torno da graduação, da confusão entre tecnólogos e técnicos e da pouca valoração dada a esses cursos. Carlos Monteiro, consultor educacional, explica que há algum tempo atrás surgiram dois cursos de curta duração (licenciaturas curtas e a engenharia operacional) que não permitiam cursos de extensão, por esse motivo sofreram pouca aceitação do mercado e foram extintos. Quando a graduação tecnológica surgiu foi associada a esses cursos e sofreu o mesmo preconceito."Havia uma certa resistência porque tecnólogo é um nome difícil. Embora se associe a ciência e técnica, muita gente não o associava a graduação, mas apenas a curso técnico", diz João Mongelli Netto, responsável pela Comissão Permanente de Vestibular das Fatecs".

Confira a reportagem completa da Revista Ensino Superior no site: http://revistaensinosuperior.uol.com.br/textos.asp?codigo=11939

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