Essa coisa de gerações me deixou muito entusiasmado, essa forma de classificar as pessoas e definir suas características, gostos e aptdões pela época em que nasceram faz todo sentido, afinal, o contexto em que vivemos define muito do que nós somos. Dizer que uma pessoa de uma determinada geração não tem nenhuma característica das demais é simplificar as coisas. Afinal, cada um é cada um.
Pesquisando pelo tema encontrei o texto abaixo escrito por Pedro Nadaf e que define muito bem as gerações tratadas no texto anterior aqui no blog (leia aqui). Vamos então dar um tempinho na discussão dos tecnólogos?
Qual é a sua geração?
Por Pedro Nadaf
Sou um X, nada de incógnita, não pretendo discutir uma relação matemática. Falo da geração a que pertenço. Sou um Gen X para abreviar a questão. Sou de uma geração de pessoas que não vivem da utopia. Felizmente estou nas estatísticas dos que amadureceram, “rejuvenecendo” e que no trabalho não se assustaram com a chegada dos ansiosos, infiéis, insubordinados e apressados em subir na carreira, que é o perfil da maioria dos profissionais da geração Y. Escapei de me tornar um “slackers”, que pertencem à minha época, mas que tornaram-se problemáticos, depressivos, pelo inconformismo da nova realidade social e rompimento de padrões, ou por outras questões pessoais e de trabalho.
Se sou fruto de uma geração chamada de perdida, procurei me achar, ora jogando sem medo, para o alto, algumas convenções e padrões impostos. Contudo mantive certas regras, que julgo fundamentais para uma vida, a exemplo da convivência hierárquica de pai e filho. Tenho dois filhos, Pedro e Thiago. A convivência nem sempre é harmoniosa entre a geração X e a Z , considerados nativos digitais, por nascerem no boom tecnológico. Há divergências de opiniões, da forma de ver o mundo, mas é diferente dos pais de outras gerações. É uma tendência dos pais X serem mais liberais, contudo, não deixam de cobrar a disciplina, as boas notas no colégio, solicitar que desliguem a televisão quando estão estudando, e vigiar o horário de chegar em casa, quando dão passaporte para as baladas.
Ter filhos que nasceram no advento da internet, para os pais da geração X, nem sempre é mais fácil do que para os baby-boomers, nascidos logo após a Segunda Guerra Mundial. Dizem que os indivíduos da Geração X guardam um segredo a sete chaves: eles geralmente relutam de perguntar o que não sabem em relação ao universo on-line. Já os boomers aceitam pedir ajuda neste assunto e com muita facilidade. Afinal, sua vida virtual não é assim bem desenvolvida, salvo exceções. Conheço muitos boomers surpreendentes no ambiente corporativo e muito antenados com a tecnologia.
Falando do mundo corporativo, nós da geração X tivemos gestores boomers que exerceram e têm exercido lideranças muito eficientes. Hoje somos os gestores da geração Y, e a nossa missão, sem dúvida, é mais árdua, não diria impossível.
Só gostaria de ver como será o amanhã, com uma legião de Y dando o comando para a geração Z. Será que nós da geração X seremos respeitados como respeitamos os boomers no ambiente corporativo? Penso até que isso possa ocorrer, mas com ingredientes inovadores no relacionamento.
Haverá sempre outras gerações nascendo e outras teorias para definir seus nomes. Hoje ao invés de perguntar qual é sua idade, podemos perguntar qual é a sua geração? Em tempo, da minha geração pertencem todos que nasceram entre 1961 a 1981 e sou filho, com muito orgulho, de veteranos. Qual é sua geração?
Pedro Nadaf é secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia do Estado de Mato Grosso e presidente do Sistema Fecomércio/Sesc e Senac-MT
Este texto foi retirado do site Artigonal (Diretório de Artigos Gratuitos).
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